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O V.A.R no futebol brasileiro

Criado em 2016, e utilizado na Copa do Mundo de 2018, o V.A.R (video assistant referee) vem dividindo opiniões dos fãs do esporte por todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Um recurso implantado com a finalidade de acabar com os erros pontuais nas partidas, no país do futebol, por muitas vezes têm tido o efeito contrário. Uma sucessão de erros e decisões duvidosas dos árbitros das partidas, mesmo com o uso do V.A.R, vem levantando o questionamento se o novo recurso ajuda mesmo o futebol, ou acaba atrapalhando o espetáculo.

Visto isso, é possível apontar diversas decisões questionáveis após o uso do árbitro de vídeo, como por exemplo, na final da Copa do Brasil de 2018 entre Cruzeiro e Corinthians. Após vencer o jogo de ida no Mineirão por um a zero, a raposa estava empatando por um a um com o time alvinegro e consequentemente sendo campeã, porém, aos vinte e três minutos de jogo, o Corinthians fez um gol e conseguiu a virada. Como prevê o regulamento, todos os gols são analisados pelo vídeo, e caso haja uma possível irregularidade, o árbitro de campo tem a possibilidade de ir checar o lance no vídeo e decidir se o gol foi legal ou não. Após conferir a jogada, o árbitro anulou o gol, pois viu no lance uma falta no zagueiro do Cruzeiro. Tal perecer gerou revolta na torcida do Corinthians, e a jogada é discutida até os dias atuais. Entretanto, nesta mesma partida, o jogador Ralf, do Corinthians, caiu dentro da área do time celeste e o juiz apontou pênalti, no replay da jogada mostrou que o jogador não foi tocado para sofrer a infração, mas mesmo com o V.A.R, o juiz assinalou a penalidade.

Esta é só uma das diversas polêmicas que acontecem praticamente toda semana no calendário de futebol brasileiro. O árbitro de vídeo foi criado para ajudar e reduzir o número de erros dentro de campo, todavia, no Brasil fica clara a falta de profissionalização dos árbitros por parte da CBF. Um artifício que deveria ser usado para deixar o esporte mais claro, vem tendo o efeito contrário no Brasil.

Deste modo, antes de tomar qualquer decisão a respeito do V.A.R, a Confederação Brasileira de Futebol deveria dar o devido treinamento aos seus profissionais, e deixar mais claras as regras para o uso do assistente de vídeo. Fica claro que no Brasil, tal recurso muitas vezes tira a própria autonomia do árbitro durante os jogos, o que atrapalha tanto quem assiste, quanto os próprios jogadores.

Não é de hoje que o amadorismo do futebol brasileiro é nítido, este novo mecanismo apenas expos mais este déficit da profissionalização, e deixa claro que é mais que urgente que atitudes por parte da federação que rege o esporte no país, sejam tomadas para resolver este entrave. Não obstante, com todos os erros e polêmicas decisivas ocorridas no campeonato brasileiro de 2020, este transtorno parece longe de ser resolvido.


VAR foi implementado em 2019 no Brasileirão Foto: CBF/Divulgação


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