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Gabriela Schneider

Skate: Da marginalização à olímpiada


ORIGEM DO SKATE


Antes conhecido como uma prática de quem é “vagabundo”, o Skate, quebra paradigmas ao ser estreante nas olimpíadas. O esporte surgiu na década de 50, no estado da Califórnia, pelos surfistas com intuito de transformar o surfe em um “surfe do asfalto”. Apenas em 1990, ganhou projeção mundial por conta de Tony Hawk, considerado o melhor skatista dos últimos tempos e estrelou o jogo eletrônico Tony Hawk 's Pro Skater, colaborando com a visibilidade do esporte.


SKATE NO BRASIL


No Brasil, apesar dos skatistas brasileiros já participarem de campeonatos, a Confederação surgiu apenas em 2000. Antes disso, existiam algumas pistas principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 2010, tiveram algumas tentativas de proibição de Skate em locais tradicionais como Museu do Ipiranga, Avenida Paulista, Parque do Ibirapuera e Praça Roosevelt, e com participação importante da CBSk conseguiu que não fossem concretizadas.



Kelvin Hoefler, brasileiro medalhista nas Olímpiadas, faz sua manobra no Skate
Imagem: JEFF PACHOUD/AFP


SKATE BRASILEIRO EM TÓQUIO 2020


Como um dos esportes que mais se encaixa na cartilha do Comitê Olímpico Internacional (COI), o skate entrou em Tóquio 2020 dando um show de companheirismo e amizade acima da competição. Foram disputadas 2 das pelo menos 9 modalidades que o esporte possui, o Park e o Street.


Os representantes brasileiros no Park foram Luiz Francisco (3º no ranking mundial), que garantiu a medalha de prata do Brasil, Pedro Barros (4º no ranking mundial) e Pedro Quintas (10º no ranking mundial), com todos chegando às finais.


Já para representar o feminino estavam presentes Dora Varela (9ª no ranking mundial), Isadora Pacheco (11ª no ranking mundial) e Yndiara Asp (14ª no ranking mundial).


No Skate Street, tivemos 6 representantes. No masculino, Kelvin Hoefler (4° no ranking mundial), que garantiu uma medalha de prata, Felipe Gustavo (17º no ranking mundial) e Giovanni Vianna (19º no ranking mundial).


O time feminino contava com Rayssa Leal, a ‘Fadinha do Skate’ (2ª no ranking mundial), que conquistou uma medalha de prata e se tornou a mais jovem brasileira conseguir o feito, Letícia Bufoni (4ª no ranking mundial) e Pamela Rosa (atual líder do ranking mundial), que conversou com nossa equipe sobre o sentimento de ser pioneira na estreia do skate nas olimpíadas :


“Foi tudo muito novo, foi algo que a gente nunca viveu. Poder presenciar muitos atletas de outros países, a estrutura que a gente nunca teve no meio do skate , que era ter uniforme , todo mundo se vestindo junto . Então foi algo muito legal, e poder ver que o skate encantou muitos atletas que estavam na Vila , porque é algo novo né. Então, os atletas sempre viam os skatistas remando pra lá e pra cá . Foi tudo muito bom e gratificante assim sabe . Vai ficar marcado pra história e se Deus quiser nas próximas olimpíadas vai ser melhor ainda”


E O FUTURO?


A partir da visibilidade trazida pelas Olímpiadas, o Skate ganhou uma projeção importante para o reconhecimento como esporte. As medalhas que o Brasil conquistou tornaram-se um estímulo e uma inspiração para que a nova geração se fortaleça e siga o caminho do skate.


Alguns números publicados apontam que a procura por escolinhas para aprender skate aumentou, além do incentivo aos atletas a se tornarem profissionais. O skate representa união, respeito e inclusão social entre os competidores. Os gestos de apoio acolhedores e de gentileza no meio dos jogos marcaram uma nova era do esporte nas olimpíadas. E aí, você gostou da estreia do skate nos jogos olímpicos ?


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